Há muitos anos que esta é a vida que escolho e que continua a fazer sentido. A deriva.
Cada pedaço de caminho traz histórias de contar, traz vivências dentro e fora, experiências em primeira pessoa, prismas alargados sobre o mesmo de sempre.
Perguntas, encontros, inquietações, diferenças. Chegam todos, a cada ida, a cada regresso, a cada nova partida.
É com eles que ilustro o que me faz pessoa e que constrói, até agora, esta forma de viver dias.
E é deste viver que se nutre também a forma que tenho de trabalhar.
As bases vêm sobretudo da Psicologia (da P. da Saúde, da P. Social, da P. Positiva), onde a Licenciatura e o Master forjaram as bases teóricas do conhecimento. Com o tempo chegou a Filosofia, a Economia Comportamental, o Trabalho Corporal Expressivo, o Design Thinking, que trouxeram novas dinâmicas e abordagens mais amplas, atuais, abrangentes.
São estas as raízes do que explico quando partilho, em formações ou conferências, ideias sobre Criatividade Aplicada, Gestão da Mudança, Liderança Positiva, Trabalho de Grupo ou Comunicação de equipa,...
Mas a forma vai além do conteúdo. A forma de explicar é feita com malas e mochilas, com histórias e encontros, com pés que andaram por outros lugares e ouviram de outras pessoas. Essa é a forma. Usando exemplos e ideias que percorreram territórios por onde a vontade andou, coisas vindas de lugares de dentro anotadas em cadernos que vão na mão.
Assim, nesta procura do melhor que tenho para partilhar, misturo coisas de livros com coisas da vida; reconto teorias que aprendi a ler através de histórias que aprendi a ser.
As derivas não são mais do que procuras curiosas do mundo que se faz grande. E é sobre esse mundo teórico-prático, sintetizado e explorado, ampliado e resumido, que deixo que fluam as horas de trabalho com grupos.